29 - Morreu tudo, Enfim

 

 

Cobro-te mãos assassinas,

Dos delírios das paixões,

Que com tanta violência ,

Aniquilaste corações.

 

Cobro-te as dores do mundo,

De quem muito, fizeste sofrer!

Aqueles que se aniquilaram,

Sem ter forças pra viver.

 

Cobro-te agora e sempre,

Porque não me fizeste entender?

A dor desse amor ausente,

A quem amei sem merecer!

 

Cobro-te o amor puro,

 Dos delírios da humanidade,

Que foi arrebatado na guerra,

Da solidão de uma saudade!

 

Cobro-te agora quem deixou,

Profundas marcas no meu ser,

Sentido verdadeiro, real valor,

Nesta minha chance de viver!

 

Cobro-te sempre saudade morta,

Das dores que não tem fim.

Desta passagem na terra, mal resolvida.

Em mim, morreu tudo...enfim.

 

  

Marinilza ferreira de Vasconcelos.